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GESTÃO HOTELEIRA

A Hotelaria na sua vertente técnica

A Hotelaria na sua vertente técnica

Pandemia não trava construção de novos hotéis

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Portugal possui, de acordo com a última projeção da Lodging Econometrics (LE), consultora norte-americana que analisa as tendências e projetos de construção de hotéis na Europa, 120 unidades em construção que correspondem a 14.510 quartos, colocando o nosso país em quarto lugar no ranking europeu.

 

A análise, que tem por base o período até ao final do segundo trimestre de 2021, posiciona o Reino Unido em primeiro lugar, com 345 unidades hoteleiras em construção, o que equivale a perto de 53 mil quartos, seguido da Alemanha, com 276 projetos e pouco mais de 50 mil quartos. Em terceiro lugar, está a França, com 169 projetos e quase 20 mil quartos, enquanto a Polónia aparece em quinto lugar, atrás do quarto lugar de Portugal, com 94 projetos e ligeiramente acima dos 14 mil quartos.

 

Já por cidades, é a Londres que lidera o ranking, com 86 projetos e 15.717 quartos, seguida de Düsseldorf (Alemanha) com 52 projetos e 10.370 quartos. O top e é fechado com a capital francesa, com 44 projetos e 6.927 quartos.

 

Lisboa aparece em quarto lugar, com um total de 35 projetos em ‘pipeline, aos quais correspondem 4.120 quartos.

 

A fechar o top 5 aparece a cidade de Istambul (Turquia), com 33 projetos, embora com mais quartos que a capital portuguesa, ou seja, 6.472 quartos.

 

Globalmente, os projetos de construção de hotéis na Europa registam uma quebra de 1%, mas o número de quartos cresce à mesma percentagem da descida (1%), numa análise anual, tendo o segundo trimestre fechado com 1.841 projetos e um total de 296.843 quartos.

 

Em fase de construção estão 934 projetos, correspondendo a 152.549 quartos, o equivalente a uma evolução de 1% face a igual período do ano de 2020. Já os projetos previstos começarem a sua construção nos próximos 12 meses, registaram um ligeiro decréscimo, fechando com 466 projetos e 73.739 quartos, enquanto os projetos em estágio inicial de planeamento caíram 2%, para 441 projetos. Já os quartos aumentaram 1%, para 70.561 unidades.

 

Nos últimos 18 meses, “o encerramento de fronteiras e a ausência de turismo constituíram a maior perturbação para muitas economias europeias”, salienta a LE, admitindo, no entanto, que “muitos [países] estão a começar a mostrar sinais de recuperação”.

 

A consultora refere ainda que “a procura reprimida deixou os turistas ansiosos para fazer planos para o final do verão”, concluindo que essa procura viagens “deverá ser reforçada durante o segundo semestre de 2021”.

 

Por grupos hoteleiros, a dianteiros pertence à Accor com 281 projetos e 40.123 quartos, seguido do Marriott International com 218 projetos, a que correspondem 35.721 quartos. Hilton Worldwide, com 205 projetos e 32,155 quartos; InterContinental Hotels Group (IHG) com 154 projetos e 23.391 quartos; e Radisson Hotel Group com 55 projetos e 10.160 quartos, fecham o top 5.

 

Estes cinco grupos representam, de resto, 50% de todos os projetos que estão previstos serem construídos na Europa.

 

Finalmente, ao longo do segundo trimestre de 2021, a Europa registou a abertura de 168 novos hotéis e 24.253 quartos, estimando a LE que, até ao final de 2021, se inaugurem 458 novos hotéis, a que equivalem 65.422 quartos. Já para 2022, este número sofre um ligeiro aumento, com 468 hotéis e 69.756 quartos para, em 2023, descer ligeiramente o número de hotéis a abrir (461), mas o número de quartos continuar a subir (74.671).

Comparativo de Dormidas 1º semestre 2021 vs 2020

Se 2020 já foi um ano para esquecer, o primeiro semestre de 2021 tem mostrado que é possível o turismo nacional apresentar ainda piores resultados. Os resultados preliminares da Atividade Turística divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que no primeiro semestre deste ano as dormidas diminuíram 21.3% comparativamente com o período homólogo de 2020.

 

De facto, os meses de janeiro e fevereiro do ano passado, que foram os dois melhores primeiros meses de sempre, contribuíram para atenuar os dados estatísticos referentes ao primeiro semestre de 2020, quando se iniciou a pandemia da COVID-19, no qual se registou 10,3 milhões de dormidas e 4,3 milhões de hóspedes.

 

Já de janeiro a junho de 2021, as dormidas totais atingiram apenas os 8,1 milhões e os hóspedes 3,5 milhões, sobretudo porque o país esteve confinado e com variadas restrições à mobilidade  e viagens ao e do exterior nos primeiros quatro meses. Ao comparar com 2019, os resultados são ainda mais negativos com menos 73,4% das dormidas  e cerca de menos 70,7% de hóspedes.

 

Contudo, há que salientar o comportamento do mercado residente neste período em análise, que registou uma variação positiva de  23,7% nas dormidas, enquanto os não residentes decresceram 50,8% face ao primeiro semestre de 2020. Assim, entre janeiro e junho de 2021, as dormidas de residentes representaram 62,3% do total, quota que contrasta com a verificada em 2020 (39,7% do total) e em 2019 (28,7% do total).

 

Relativamente ao passado mês de junho, os indicadores analisados já apresentaram resultados de crescimento, com as dormidas a aumentarem 230,1% e o número de hóspedes a crescer   186,9% comparativamente com junho de 2020, mas ainda com decréscimos acima dos 50% face ao mesmo mês de 2019.

 

Dos 3,4 milhões de dormidas registadas em junho, o mercado interno contribuiu com 2 milhões de dormidas e os mercados externos com 1,4 milhões. Destes últimos,  o mercado britânico representou 22,8% do total de dormidas de não residentes no sexto mês do ano, seguindo-se os mercados espanhol (quota de 14,3%), alemão (11,3%) e francês (10,6%).


Enquanto no primeiro semestre de 2021, ao nível de crescimentos face ao primeiro semestre de 2020, o destaque vai para os aumentos nos mercados polaco (+29,0%), suíço (+11,9%) e belga (+3,3%), enquanto os restantes principais mercados registaram decréscimos.

 

Destinos nacionais
Foram os Açores e o Alentejo as regiões que apresentaram maiores crescimentos nas dormidas no primeiro semestre deste ano face a 2020, com a primeira a aumentar 28,2% e a segunda 15,4%, enquanto as restantes verificaram decréscimos.


Em termos de dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, sobretudo na Região Autónoma da Madeira (+99,8%), Região Autónoma dos Açores (+66,3%) e Algarve (+52,6%). Neste período, todas as regiões apresentaram decréscimos no número de dormidas de não residentes.


No mês de junho, foi a região do Algarve que concentrou 34,1% das dormidas, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (16,8%), o Norte (15,8%) e o Centro (12,6%).

 

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